Estiagem: o que é, quais os problemas causados e qual a importância da estação meteorológica e do seguro agrícola em períodos de seca
A água é o elemento básico da vida, sem ela as plantas não sobrevivem, e sua redução interfere diretamente no potencial produtivo.
O período de estiagem pode ocorrer em qualquer momento da produção e para evitar perdas, saber o momento de seca é fundamental para o planejamento da safra.
Desse modo, a tecnologia se torna parceira do produtor através do monitoramento meteorológico, oferecendo informações mais precisas, que ajudam a antecipar e minimizar os efeitos de eventos extremos, além de um histórico confiável para uma análise após a safra
Quer saber mais sobre os efeitos da estiagem e como o monitoramento climático pode te ajudar até mesmo na obtenção do seguro agrícola? Confira a seguir!
O que é a estiagem?
A falta de água é um problema importante na agricultura, especialmente em determinados momentos da produção. Quando o volume de chuva em determinado período é abaixo do esperado para a região, diz-se que está ocorrendo estiagem.
Sua intensidade pode ser agravada conforme o tempo, caso a falta de chuva se prolongue. Esta situação é um ponto de alerta para todos os produtores, pois sem a água as plantas reduzem drasticamente seu crescimento. Vale ressaltar que as plantas demandam maiores quantidades de aguá em determinados momentos, como na emergência de plântulas, floração e enchimento de grãos.Para se ter uma ideia do tamanho do prejuízo que a estiagem pode causar, para a cultura da soja, entre os anos de 2015 e 2020, as perdas causadas pelo veranico no RS em 2019/20 reduziram o potencial produtivo em 33%, além da perda de 15,68 sacas por Hectare, segundo levantamento da Embrapa, feito pelo Dr Marcelo Hiroshi. No período das 5 safras analisadas em todo o Brasil, as perdas totalizaram 14,8 milhões de toneladas de soja, principalmente influenciadas pelas estiagens de 2019/20 no Rio Grande do Sul e de 2015/2016 no Matopiba.
Sabe-se, que a estiagem é um fenômeno natural e pode ocorrer em diversas regiões do mundo, entretanto, sua frequência tem aumentado, por isso, realizar um planejamento é fundamental para evitar perdas em sua lavoura.
Segundo especialistas do INMET, alguns fatores têm intensificado a ocorrência deste problema:
● Manejo inadequado da água nas propriedades;
● Sistemas de armazenamento de água insuficientes;
● Exploração descontrolada das reservas hídricas subterrâneas;
● Falta de planejamento do uso da água;
● Desordenamento do crescimento territorial urbano, diminuindo o volume de água na atmosfera.
● Desmatamento;
● Falta de aproveitamento da água das chuvas.
Estes problemas vêm agravando cada vez mais a falta de chuvas, afetando diretamente a produtividade do campo.
Estiagem intensa em 2021
(Imagem 1: Milho em estresse hídrico )
Segundo os relatórios e previsões do INMET o inverno de 2021 será mais seco que o normal, principalmente nas regiões centro oeste e sudeste. Esse cenário prejudicou as lavouras de milho, que estavam no período de enchimento de grãos entre junho e julho.
(Imagem 2: Previsão de anomalia de precipitação inverno 2021- INMET )
Estação meteorológica para acionamento do seguro agrícola
Imagem 3 -Estação Vantage Pro 2- Agrosystem
Como a agricultura é uma empresa a céu aberto, correndo diariamente risco de perda devido às condições climáticas, o seguro agrícola se torna uma proteção para sua lavoura. E com os recentes eventos de estiagem e geadas, a importância do desse foi novamente uma pauta muito discutida entre os produtores. Mesmo com o perigo de perdas de produção , muitas lavouras ainda não são seguradas, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aproximadamente 13,5 milhões de hectares estão assegurados apenas 20% da área plantada nacional da última safra.
Os motivos dessa baixa adesão, segundo levantamento recente da revista mercantil, podem ser a falta de informação sobre seguros e a falta de clareza para a sua contratação.
O seguro agrícola é feito em bancos ou seguradoras, no qual você assegura sua produção contra eventos que prejudiquem sua lavoura, assim é possível cobrir os custos de produção e inclui uma remuneração de capital e do trabalho do produtor. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), quanto mais produtores realizarem a adoção de seguros, maior a chance de redução dos valores de apólice.
Caso ocorra perda de produção por estiagem, por exemplo, para acionar o seguro, é necessário comprovar os danos ocorridos na área.
Neste momento, ter a estação meteorológica na área te fornece segurança para comprovar este cenário extremo.
Com uma estação meteorológica na fazenda ou nos talhões, o produtor terá o monitoramento do clima em tempo real, além de um histórico confiável para apresentar à seguradora em casos de eventos extremos.
Devido a confiabilidade dos dados, você consegue fornecer estas informações durante a vistoria, para que a seguradora verifique se as perdas foram em decorrência do clima. Ter uma estação meteorológica de qualidade te garante acesso ao histórico meteorológico ultra localizado de sua fazenda e até mesmo de seus talhões, o que pode ser usado para acionamento do seguro e comprovação de perda ocorrida, facilitando o pagamento do sinistro da área segurada.
Confira abaixo vídeo depoimento do cliente Mauro Riedi, produtor da região de Sorriso- MT, que utilizou sua estação para acionar o seguro agrícola;
Depoimento cliente
Conclusão
Possuir uma estação meteorológica em sua propriedade pode significar uma grande vantagem competitiva em situações como a de estiagem.
Nesse caso, mesmo utilizando estratégias de prevenção, a melhor solução é acionar o seguro. E neste momento a coleta de dados feita pela estação meteorológica te ajuda na comprovação.
A alta precisão desses equipamentos tem grande credibilidade no mercado, e trará muito mais segurança à sua lavoura.
A Agrosystem te auxilia neste momento, com equipamentos confiáveis que te ajudam além do campo!
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Elaboração do artigo: Rayssa Fernanda dos Santos
Engenheira Agrônoma pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), mestre em Fitotecnia pela ESALQ/USP. Especialista em Marketing pela mesma instituição. Atualmente, doutoranda em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), com ênfase em produção vegetal.
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